O conhecimento filosófico não poderá nunca ser avaliado como uma demonstração da verdade absoluta. A filosofia real sempre buscará superar o saber atual, indo portanto de encontro ao desconhecido. A filosofia acaba criticando todos e tudo e por este motivo, pode ser vista como perigosa pelos possuidores do poder.
O nascimento da filosofia
Por volta do século VI a.C., se deu o nascimento da filosofia, no que conhecemos como Grécia antiga, mais especificamente nas ilhas do mar do Egeu. Podemos entender como filosofia em seu pleno significado, amizade ou amor pela sabedoria. O filósofo então, seria o sábio. Nesse primeiro momento, se considerava a sabedoria o conhecer algo de maneira racional e, ao mesmo tempo, a partir desse conhecimento, a busca por uma vida melhor. Além disso, ela também pode ser definida como uma maneira particular de tentativa e de busca pela compreensão e de interpretação, racional, rigorosa ou sistema, de tudo o que existe.
O ato de filosofar se iniciou com o espanto, com o maravilhar-se com algo. Essa sensação de estranhamento produzida no momento em que nos deparamos com algo novo, que não compreendemos ou que nos ameaça de alguma forma, nos leva a questionar a maneira corriqueira e habitual com a qual vinhamos vivendo e pensando até então. Estranhamento produzido e vivenciado ante o desconhecido, o inexplicável que se defronta e que se arremessa contra o conjunto petrificado de certezas que foram acumulados no cotidiano no trato com os seres e objetos existentes, ou seja, o senso comum. Nesse momento, o senso comum será problematizado, questionado, quanto ao seu papel de ordenamento da vida do dia a dia, legitimação de posições de poder e de sustentação de nossas certezas e crenças mais evidentes.
Podemos definir o senso comum como o conjunto de representações e de verdades estabelecidas que os homens, em um determinador lugar e momento, vão construindo com o objetivo de explica o mundo em que vivem. Tais verdades, que foram emprestadas de gerações passadas, que não se submetem à crítica racional, alimentam hábitos, crenças, comportamentos e tradições, não apenas do conhecimento, mas também da melhoria das condições de vida da própria comunidade.
A filosofia não nega anteriormente a qualquer reflexão, todos os elementos que constituem o senso comum. No entanto, não deixará de realizar uma severa e profunda crítica desses mesmos elementos construtivos. A filosofia nasceu exatamente do confronto entre o que era considerado até então como verdadeiro e o que nascerá enquanto produto de reflexão crítica.
O impulso filosófico não descansa nunca, não se acomoda, e está satisfeito em contemplar a própria carcaça, sempre igual a si mesma. Nunca está satisfeito com as conquistas do passo e, nem bem adquire algo novo em termos de conhecimento, já passa a questioná-lo, querendo ir sempre mais e mais adiante de si mesmo. Devorador implacável de novos sentidos e significados, o espírito filosófico não interromperá jamais o seu movimento e fluxo. Caçador de si mesmo, não se detém ante dificuldades ameaçadoras ou obstáculos considerados intransponíveis.
A maneira natural imediata, de pensar e de agir dos seres humanos não é sistematicamente reflexiva. Enquanto nenhum problema se apresenta, continua a pensar em si mesmo e no mundo. Os obstáculos são vistos como as dificuldades e os problemas novos que colocam outras questões ao pensamento e também à ação prática dos homens.
No plano mais imediato e cotidiano, ideias, atitudes, valores e crenças, tomados de empréstimos de nossos antepassados, nos servem muito bem, mesmo que não testados ou questionados quanto à sua validade, alcance a natureza. Mas no momento em que nos deparamos com um problema novo ou com uma antiga dificuldade que se apresente em outra forma, todo esse conjunto de representações que tomamos sem refletir de diversas e desconhecidas fontes já não nos atende mais. Daí então o espanto, a perplexidade, a necessidade de se superar o estágio atual do seu entendimento para de maneira menos ou mais rigorosa, perspicaz e satisfatória, explicar o novo com o qual está em confronto.
Filosofia moderna
Chamamos de filosofia moderna toda a filosofia que foi desenvolvida durante os séculos XV até o século XIX, começando na época do Renascimento. Esta chamada filosofia moderna se divide em quatro partes, a saber: Filosofia de Renascimento, Filosofia do século XVII, Filosofia do século XVIII e Filosofia do século XIX.
Na Filosofia do Renascimento encontramos a renovação da civilização clássica, bem como o seu aprendizado, caracterizando-se como o período das Reformas religiosas até o início da Idade Moderna.
A Filosofia do século XVII é conhecida como idade da razão e considerada como uma visão prévia do princípio da filosofia moderna. Na Filosofia do século XVIII aconteceu em alguns países americanos e na Europa e se referia ao movimento intelectual do Iluminismo, defendendo com a base primária da autoridade, a razão. Na Filosofia do século XIX, surgiu um novo efeito, uma nova revolução, que veio para exercer um novo efeito dramático.
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