Resumo da Floresta Amazônica
Também chamada de Amazônia, a Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, com extensão de aproximadamente 7 milhões de km² espalhados não apenas pelo Brasil, como também em diversos outros países sul-americanos como Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.
No entanto sua maior porção, cerca de 60%, está em território brasileiro, ocupando diversos estados como Tocantins, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre, Maranhão e parte do Mato Grosso. No Brasil, é mais conhecida como “Amazônia Legal”, definição criada em 1966 pelo governo com o objetivo de promover o desenvolvimento da floresta equatorial.
No quesito biodiversidade, a Floresta Amazônica possui uma fauna rica, com 80% das espécies do país e flora extensa, com 20% de todos os espécimes vegetais de todo o planeta Terra. Além do potencial hídrico, com os maiores rios de água doce do mundo.
Graças a essas características, a Floresta Amazônica foi chamada por muitos anos de “pulmão do mundo”. Porém, estudos científicos provaram que as florestas tropicais consomem quase todo o oxigênio gerado na fotossíntese para consumo próprio. Mesmo assim, a Amazônia continua sendo fundamental nos processos de regeneração do ar.
O nome de origem surgiu com o explorador espanhol Francisco de Orellana, no ano de 1542, que relata ter sido atacado por um grupo de mulheres nuas portando arco e flecha no meio da mata. Orellana passou a chamá-las de Amazonas, antiga designação da mitologia grega para mulheres guerreiras que não aceitavam homens em suas tribos, nome que passou a designar a floresta nos anos seguintes.
Características do ecossistema amazônico
Também chamada de Floresta Latifoliada Equatorial, a Amazônia se caracteriza pela vegetação heterogênea, com mais de 30 mil tipos de plantas e pela característica perene, ou seja não há quedas de folhas das árvores durante o outono, o que torna a floresta verde durante todo o ano.
A vegetação da floresta costuma ser classificada por sua proximidade, ou não, dos rios e cursos d’água. O que a divide em três subtipos: florestas fluviais alagadas, florestas de terra firme e florestas montanhosas andinas.
– Florestas fluviais alagadas
Como o nome sugere, as florestas fluviais alagadas caracterizam-se por estarem permanentemente inundadas, devido a sua localização nas margens dos rios. Costumam ser bem adaptadas a altos índices de umidade e podem ser facilmente identificadas pelas raízes altas, que chegam até 2 metros de altura.
As regiões alagadas por águas brancas ou turvas, provenientes de matéria orgânica são chamadas de matas de várzea. Suas características principais é que são muito fechadas, com árvores com mais de 20m de altura, densas e com galhos espinhosos. As árvores típicas dessa vegetação são o Jatobá e a Seringueira, usada na extração do látex – matéria-prima da borracha.
Já as regiões inundadas por águas mais escuras, com solo pobre em mineiras e materiais orgânicos são chamadas de matas de igapó. A maioria das suas plantas não possuem alto porte, alguns exemplos de espécies são a vitória-régia, as orquídeas e as bromélias.
– Florestas de terra firme e florestas andinas
Esses tipos de vegetação tem características muito semelhantes, sua principal diferença é a baixa densidade nas florestas de terra firme, também chamadas de matas de terra firme ou caetê.
Essas florestas se localizam distante dos cursos dos rios em planaltos sedimentares que não costumam ser alvo de inundações, além de possuírem as maiores médias de altura das árvores, que podem chegar a 60m. O seu solo costuma ser extremamente pobre em nutrientes e compostos orgânicos.
– Fauna amazônica
A Floresta Amazônica é muita rica em diversidade de espécies animais, a chamada fauna. A região é o habitat natural de mais de 420 espécies de mamíferos e anfíbios, 3 mil espécies de peixes, 1290 aves e 370 répteis. Segundo cientistas, de cada cinco aves em todo o planeta, pelo menos uma vive na Amazônia.
Diferentes tipos de animais, únicos em todo o mundo, são encontrados nas florestas tropicais amazônicas como as antas e queixadas, botos, piranhas e lontras. Primatas são comumente achados nas árvores, além de morcegos e roedores.
Muitas espécies são consideradas extremamente perigosas como a onça-pintada, a sucuri, o jacaré-açu e sapos extremamente venenosos. Nos rios, as enguias são responsáveis por choques elétricos e podem levar um ser humano à morte. Além disso, algumas endemias são transmitidas por insetos da região como a malária, febre amarela e dengue.
– Bacia Hidrográfica
O Rio Amazonas é o principal componente da Bacia Hidrográfica da Amazônia. Além de ser o rio mais caudaloso do mundo e o segundo maior em comprimento (6.992 km), perdendo apenas para o Rio Nilo (7.088 km) que percorre 9 países.
Principais problemas da Floresta Amazônica
O principal problema enfrentado pela Amazônia é o desmatamento ilegal e predatório. Segundo relatório do Banco Mundial, até 2025, 75% da Floresta Amazônica pode ser extinta.
O desmatamento é ocasionado principalmente por madeireiras que se estabelecem na região e fazendeiros que provocam queimadas para expandir suas áreas de cultivo de soja e outros alimentos.
A prática teve início nos anos 60, com a chegada de colonos, que passaram a queimar as matas e cortar as florestas para criar novas áreas de plantação. Com a perda da fertilidade naquela área partiam para um novo terreno criando um caminho extenso de destruição.
Outro problema recorrente é o garimpo, expandido após a descoberta de ouro na Floresta Amazônica, que provoca a poluição dos rios e solos pelo mercúrio utilizado pelos garimpeiros.
Além das florestas e rios, territórios de tribos indígenas estão sendo extintos pelo desmatamento e contaminação pelo garimpo, não apenas no Brasil. Países como o Peru vêm lutando para manter suas comunidades e culturas preservadas.