Essa cena provavelmente já deve ter acontecido com você: em uma avenida movimentada, você está dirigindo calmamente até que percebe que o seu tanque está ficando vazio. Rapidamente você entra em estado de alerta e tenta encontrar um posto de abastecimento no horizonte. Lá está ele, na esquina entre essa avenida e uma rua perpendicular. Pronto! Você entra, estaciona o carro, e pede para o frentista encher o seu tanque com álcool. O preço: 1,40 o litro. Em seguida, você paga o frentista e, tão logo abasteceu seu carro, dá partida no motor e sai pela rua novamente, bem mais tranquilo.
Essa situação tão corriqueira, tão prosaica, guarda em si o final de um ciclo enorme que é um dos grandes responsáveis por mover a economia do país: o ciclo de produção e comercialização do álcool combustível, também conhecido como etanol. O etanol é uma espécie de biocombustível que pode ser produzido a partir da cana-de-açúcar, da mandioca, do milho ou até mesmo da beterraba.
O etanol é utilizado como combustível desde o início da indústria automotiva. A princípio, ele era usado majoritariamente no intuito de servir como combustível para motores a explosão. Entretanto, com o passar do tempo, ele passou a ser deixado de lado em prol da utilização dos combustíveis fósseis, no começo do século XX, que eram mais baratos e abundantes na natureza. Com essa passagem de utilização, o etanol consequentemente tornou-se uma opção ignorada pela indústria desde então.
No Brasil, a primeira vez em que o etanol foi utilizado como combustível foi no ano de 1925, com a criação daquele que foi o primeiro carro movido a álcool no país. Dois anos depois, em 1927, uma usina em Alagoas passou a produzir etanol combustível para consumo interno. Em seguida, com a inserção desse produto no mercado, logo outras usinas de cana passaram a produzir etanol, entre elas as famosas Motorina, Cruzeiro do Sul e Azulina. Esses empreendimentos, entretanto, não tiveram condições de seguir com sua produção sucro-alcooleira por conta da queda nos preços do petróleo, que o tornou muito mais atrativo e mais difundido como combustível para os automóveis.
Mas foi esse mesmo petróleo, entretanto que, ao ser alvo de uma grande crise de extração em 1970, fez com que o governo brasileiro criasse um programa inédito no mundo, o “Pró-álcool”, com o intuito de valorizar e incentivar a produção sucro-alcooleira em território brasileiro. O resultado foi espantoso: o etanol recebeu novamente todas as atenções da indústria automobilística, como sendo um dos grandes biocombustíveis a serem utilizados.
Esse incentivo governamental para a produção de etanol não teve impacto somente na indústria sucro-alcooleira, mas também causou uma mudança de paradigmas na produção automobilística sediada no território brasileiro. Isso porque, a partir de então, fábricas instaladas no Brasil como a Ford, a Fiat, a General Motors e a Volkswagen passaram a adaptar seus motores para receber o etanol como combustível principal. Nesse momento histórico, os carros passaram então a ser produzidos em duas versões: aqueles com motor movido a gasolina, e aqueles com motor movido a álcool combustível.
A partir de um ponto de vista embasado pela química, o etanol é um líquido transparente, sem odor característico, isto é, sem um cheio muito forte e, sobretudo, sem cor. Sua principal característica é a sua capacidade de ser queimado, isto é, ser um líquido essencialmente inflamável.
Em sua composição, encontramos átomos de hidrogênio (H), Carbono (C) e Oxigênio (O). A consequente combustão do álcool é a principal responsável por liberar alguns produtos determinados, como água, gás carbônico e energia térmica.
Dentre o universo dos álcoois, os mais conhecidos na verdade são o metanol e o etanol. A diferença entre eles é bastante grande: o metanol pode ser muito perigoso uma vez que é extremamente tóxico, e, se ingerido por um ser humano, pode provocar cegueira e até mesmo levar à morte. Já o etanol – que também é conhecido pela alcunha de “álcool etílico” – não só pode como é regularmente consumido pelas pessoas.
O processo de fermentação da cana-de-açúcar, do milho ou da beterraba e que leva à obtenção do etanol é mediado pela ação colaborativa de determinadas bactérias e fungos que atuam na “quebra” do açúcar, transformando-o em álcool.
As principais vantagens da utilização do etanol são o seu alto índice de octonas, isto é, o poder de resistência que ele oferece à compressão que ocorre dentro do moto, além de sua consequente condição de liberar uma grande quantidade de energia ao ser queimado, uma vez que seu poder calorífico é de aproximadamente 6.300 calorias a cada grama. Sobretudo, o seu preço bastante acessível também é uma das grandes vantagens de sua utilização, além do fato proeminente de que o álcool combustível, diferente do petróleo e de seus derivados, é ecologicamente correto e não afeta a camada de ozônio.
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