Europa Oriental: Fim da União Soviética e Situação dos Países
O regime soviético teve início a partir da Revolução Bolchevique de 1917, ainda durante a Primeira Guerra Mundial, que culminou da deposição do Czar Nicolau II, um monarca absolutista.
Desde então, estruturou-se a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que se estruturou em torno de um novo regime, inspirado no ideário marxista, por meio do qual as classes trabalhadoras se apropriavam dos meios de produção, excluindo-se a classe burguesa capitalista da vida nacional.
Após a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial, a União Soviética estendeu sua influência política e militar a todo o leste europeu. Como seu regime se contrapunha ao modelo liberal capitalista dos Estados Unidos, as duas potências militares e políticas se tornaram inimigas, tendo origem, então, a chamada “Guerra Fria”.
Durante os anos 80, a própria União Soviética percebeu que o regime socialista não havia entregue os benefícios que se imaginava. O país perdia força econômica e a burocracia emperrava o Estado. Com isso, perdera a capacidade competitiva perante as nações capitalistas.
Optou-se então por uma abertura econômica e política do regime, comandada por Mikhail Gorbachev, que culminaria no fim do Pacto de Varsóvia.
Consequências
As consequências do fim do pacto de Varsóvia se disseminaram por todo o Leste Europeu. Uma delas foi a reunificação da Alemanha. Desde a Segunda Guerra Mundial, com a derrota de Hitler, Estados Unidos e União Soviética haviam dividido o país em dois, que ficariam, cada qual sob influência de uma das duas potências.
Para a Alemanha, apesar de alguns conflitos decorrentes, a reunificação foi extremamente proveitosa. Hoje o país vive uma situação econômica privilegiada, com o povo recebendo os maiores salários do mundo.
Nem tudo foi êxito na reestruturação do Leste Europeu. Países como a Iugoslávia se desintegraram, por conta de conflitos étnicos e territoriais, dando origem a vários novos países, como Sérvia, Croácia, Eslovênia, Montenegro, Bósnia e Herzegovina, Macedônia e Kosovo.
Os conflitos retardaram a recuperação econômica. A situação se repetiu na antiga União Soviética, em que diversas nações declararam independência, como as repúblicas bálticas – Letônia, Lituânia e Estônia.
Até hoje o país enfrenta conflitos na região por conta de movimentos separatistas, como ocorre na Chechênia.