G20 – Grupo Financeiro
Depois das sucessíveis crises financeiras, principalmente as da década de 90, os países mais industrializados, cuja economia é forte, reuniram-se buscando uma solução. Resolveram criar então, em 1999, o G20 – Grupo Financeiro. Trata-se de um fórum de cooperação composto pelas 19 maiores economias mundiais e mais a União Europeia.
Fazem parte das discussões os ministros das áreas econômicas e os presidentes dos bancos centrais desses países. Mais tarde, depois da crise de 2008, os líderes mundiais passaram a ter uma reunião de cúpula, ligada também ao G20. Os assuntos tratados são de interesse da economia mundial, já que a atual fase do capitalismo globalizado gera uma situação de interdependência entre as nações.
O G20 – Grupo Financeiro substituiu o G33, um fórum que durou menos de um ano. Antes dele, fora criado o G22, em 1997, que durou dois anos. Os objetivos desses grupos era basicamente os mesmos, com a diferença que mais países participavam da composição. A atual formação ainda assim favorece economias que estão em desenvolvimento. E um dos benefícios das discussões para os países emergentes é a possibilidade de participar ativamente de decisões sobre os rumos da economia global.
Há ainda outro G20, que ficou conhecido na imprensa como “comercial”. Nele se incluem países com economias menores e em um estágio inicial de industrialização. Esse fórum foca em negociações comerciais e busca criar planos e modelos para a defesa do desenvolvimento agrícola em detrimento da expansão econômica feita por nações mais ricas.
A importância de existir relações entre as maiores economias do mundo e as menores mostra-se pelos números. Os países membros do G20 são responsáveis por 80% das transações comerciais que ocorrem no mundo. Além disso, possuem 90% do produto bruto mundial e 65% da população do planeta.
Objetivos do G20 – Grupo Financeiro
Em um mundo cujas incertezas estão presentes cotidianamente nas relações econômicas, o planejamento cooperativo para o futuro passou a ser uma das prioridades de todas as economias. Ao perceber isso, as nações tentaram elaborar uma maneira de unificar os projetos para garantir uma maior estabilidade financeira diante do mercado globalizado.
Em 2004, na reunião em Berlim, foi aprovado pelos países um comunicado com os principais objetivos. Vendo sob um aspecto geral, é possível dizer que os objetivos demonstram a variedade de uma política de mercado que se convencionou chamar de neoliberal. Isto é, um mercado ativo e liberalizado, e um estado com o poder de decisão maior do que na época do liberalismo clássico (no qual a participação do estado na economia é inexistente).
No espectro geral das políticas, ficou decidido que o G20 promoveria:
- O fortalecimento da economia como um todo.
- A criação de mecanismos que evitem regulações do mercado por via do estado.
- Formas de viabilizar a liberalização das economias num âmbito geral, através da OMC (Organização Mundial do Comércio) e de acordos bilaterais entre as nações.
- A busca por regras gerais e legislações a respeito do mercado de trabalho, para garantir uma maior flexibilização.
- Debates que têm em vista a adoção de modelos para promover avanço econômico de forma sustentável.
- Flexibilidade entre as transações comerciais.
Após a crise mundial de 2008, os membros do G20 anunciaram, na reunião realizada no ano seguinte, que o grupo seria o principal conselho internacional permanente de discussão econômica. Esse papel era cabido ao G8, um grupo formado pelas 7 maiores economias mundiais mais a Rússia. Essa foi uma decisão tomada pelos países membros porque, segundo eles, é necessário ter uma discussão mais amplificada sobre os rumos financeiros.
Reuniões e países membros
As reuniões são divididas entre os líderes mundiais – reunião da cúpula -, e os ministros das finanças e presidentes de bancos centrais – chamada de reunião ministerial. Além disso, participam também as reuniões representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), os Comitês Monetário e Financeiro Internacional e de Desenvolvimento e o Banco Mundial.
Todos os encontros têm temas propostos e acontecem no mesmo local. As discussões buscam chegar a uma conclusão sobre as medidas que devem ser tomadas para a solução dos temas abordados. Esses são os países que fazem parte do G20 – Grupo Financeiro:
- África do Sul
- Alemanha
- Argentina
- Austrália
- Arábia Saudita
- Brasil
- Canadá
- Coreia do Sul
- China
- Estados Unidos
- França
- Indonésia
- Índia
- Itália
- Japão
- México
- Rússia
- Reino Unido
- Turquia
- Países membros da União Europeia
As reuniões ministeriais acontecem anualmente desde 1999, sem lugar fixo. As reuniões da cúpula, a principio, aconteciam duas vezes por ano. Isso mudou a partir de 2011, e tal quais as ministeriais, agora acontecem uma vez por ano. Os países são agrupados em 5 conjuntos com o objetivo de facilitar o entendimento entre eles.
- Grupo 1: Austrália, Canadá, Arábia Saudita e Estados Unidos.
- Grupo 2: Índia, Rússia, África do Sul e Turquia.
- Grupo 3: Argentina, Brasil e México.
- Grupo 4: França, Alemanha, Itália e Reino Unido.
- Grupo 5: China, Indonésia, Japão e Coreia do Sul.
Os últimos países a sediarem as reuniões foram Austrália, em 2014, e a Turquia, em 2015. Em 2016, as reuniões ministeriais e de cúpula acontecerão na China.