Relevo Mundial
Entenda as principais formas de relevo de cada um dos continentes que compõe a superfície terrestre e entenda como se dá o processo de formação destes.
Sobre as estruturas de relevo é que se produzem as formas de relevo, propriamente ditas. Estas formas sempre guardam estreita relação com a estrutura sobre a qual são produzidas, o que é uma marca das forças endógenas. Por outro lado, as forças exógenas também têm um papel importante pois esculpem as formas. As principais formas são:
Planaltos: áreas que estão passando por processos de desgaste, geralmente delimitados por fortes declividades, denominadas de escarpas. É importante lembrar que o planalto não é o plano alto, uma vez que o elemento que o diferencia das outras formas de relevo é a exposição a processos de desgaste e não necessariamente a altitude.
Planície: áreas que estão passando por processos de acúmulo de sedimento, ou seja, processos de sedimentação. Geralmente são mais baixas que os planaltos, mas não necessariamente. O que as distingue daqueles é o processo de sedimentação pelo qual estão passando.
Depressões: são áreas mais baixas que o seu entorno, formadas por longos processos de desgaste. O desgaste que dá origem a depressões é muitas vezes, comandado por um rio. As depressões podem ser relativas, quando estão acima do nível do mar, ou absolutas, quando estão abaixo. Algumas regiões que muitos autores chamam de depressão podem ser mais bem denominadas de falhas tectônicas, quando estão mais baixas que o seu entorno por terem sofrido um falhamento e não devido aos processos de desgaste, o Vale do Paraíba é um exemplo disso.
Montanha: formas bastante elevadas de relevo, geralmente acima dos 300 metros de altitude. Elas podem estar sobre diferentes estruturas de relevo e têm diversos tipos de origem. Alguns exemplos importantes são: as montanhas sobre dobramentos modernos, formadas por orogênese, as que se estendem sobre bacias sedimentares soerguidas, que sofreram processos de erosão diferencial, destacando-se do relevo em seu entorno.
Os processos de formação do relevo que vimos, produzem uma enorme diversidade de formas, de estruturas e tipos de rocha na superfície do planeta. Porém, não nos interessa aqui o estudo em detalhe de cada forma de relevo terrestre. O mais importante ao estudarmos o relevo, especialmente para o vestibular, não é decorar os nomes, altitudes e tipos de rochas, e sim entender os processos que produzem estas variações. No entanto, existem algumas unidades do relevo mundial que são mais importantes para nós.
Américas
As Américas do Norte e do Sul têm um relevo bastante parecido. Na costa Oeste de cada uma delas encontramos dobramentos modernos sustentando amplas cordilheiras de montanhas. A estrutura recentemente dobrada, confere a estes dobramentos modernos uma altitude bastante elevada.
Na América do Sul, temos a Cordilheira dos Andes, chega a alcançar quase 7.000 metros no monte Aconcágua, na Argentina. Na América do Norte, os dobramentos recebem o nome de Montanhas Rochosas. Entre as cadeias de montanhas desta última cordilheira, encontramos grandes planaltos e extensas bacias sedimentares.
É importante destacar a ocorrência de uma grande falha tectônica no litoral da Califórnia, denominada Falha de Santo André. Graças a esta falha ocorrem deslocamentos de rocha sob grandes cidades da região, como São Francisco, o que produz inúmeros abalos sísmicos, alguns imperceptíveis, outros destruidores.
No outro lado das Américas do Norte e do Sul, próximo à costa Leste, existem cadeias de montanhas de formação bem mais antiga (Pré-cambriano) e, também por isso, com altitudes mais modestas. No Norte destacam-se os Montes Apalaches e o Escudo Canadense, que se localizada na Península do Labrador. Já na América do Sul, podemos encontrar o Escudo Brasileiro e o das Guianas, ambos sustentando relevos planálticos com a presença de serras como a dor Mar e do Espinhaço.
Pelo centro das Américas estendem-se grandes planícies ou depressões e planaltos de baixa altitude. Na América do Sul aparecem com maior destaque as planícies do Amazonas e Platina. Na América do Norte, encontramos as grandes planícies centrais, que na área canadense recebem o nome de Praire.
Na região das planícies centrais da América do norte em que se encontra a fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, destaca-se a existência dos Grandes Lagos. A origem destes grandes reservatórios de água, importantes para o transporte, a pesca, a irrigação e o consumo doméstico de água nos dois países, é devida à erosão provocada pela ação de grandes geleiras, que criaram depressões hoje preenchidas pelas águas das bacias hidrográficas que drenam a região.
Outro destaque importante das planícies centrais da América do Norte, é a bacia hidrográfica dos rios Mississipi e Missuri. Abrangendo dois quintos do território dos Estados Unidos, ela tem nascentes nas rochosas e nos Apalaches, constituindo-se como uma importante fonte de água e de energia elétrica para o país, além de ser intensamente utilizada para o transporte, devido à grandes obras nela efetuadas.