Realizada no mês de junho de 1992, no estado do Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Rio 92, discutiu como fazer com que o desenvolvimento sustentável se tornasse uma realidade no mundo. Na época, este conceito era novo – havia sido cunhado pela primeira vez em 1987, no documento Brundtland, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório trazia ideias para a formulação de um modelo de desenvolvimento socioeconômico que se preocupasse com a utilização dos recursos naturais e os impactos ambientais.
Mais de 100 chefes de Estado se reuniram na conferência para debater propostas que promovessem o progresso e garantissem a qualidade de vida das atuais e futuras gerações a partir da proteção do meio ambiente. A conscientização de que o modelo de desenvolvimento dos países ricos era insustentável e de que traria danos irreversíveis à natureza foi fundamental para as discussões. Houve a percepção de que era necessário um equilíbrio entre a economia, as questões sociais e os aspectos ambientais.
A Rio 92 também foi um evento realizado para consolidar a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, formulada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, e dar continuidade nas discussões para obter avanços a partir de novos níveis de cooperação entre os países, a sociedade e as pessoas. Além disso, a Rio 92 tinha como objetivo a finalização de acordos internacionais que visavam o respeito à sociedade e a natureza, conciliando com o desenvolvimento.
Resumo da Rio 92: Clima, água e reciclagem estavam entre os principais assuntos da conferência
Entre os assuntos debatidos na conferência estão o clima, a água, o transporte alternativo, o turismo ecológico e a reciclagem. No que diz respeito ao clima, as preocupações giravam em torno do aquecimento global e da qualidade do ar. As discussões serviram como base para a criação do Protocolo de Kyoto, em 1997, que tem como meta a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa.
A água foi tema de debates que enfatizaram a importância da preservação dos recursos naturais e a necessidade de utilizá-los de maneira consciente e sustentável. O transporte alternativo surgiu como uma opção para reduzir o número de automóveis nas ruas para minimizar a poluição do ar. Bicicletas, combustíveis renováveis e veículos elétricos foram algumas das alternativas apontadas.
A importância econômica do turismo ecológico, antes praticado apenas no Canadá, foi amplamente debatido e o ecoturismo passou a ser realidade em inúmeros países após a Rio 92. Em relação à reciclagem, o evento abordou o desperdício de comida, água e energia e enfatizou o papel importante da reciclagem para minimizar este problema. Com a reciclagem, os materiais já utilizados podem ser reaproveitados para fabricar novos produtos, reduzindo o uso dos recursos naturais.
Outro tema discutido na Rio 92 foi o desenvolvimento de países emergentes. Foi decidido que era necessário ajudar estas nações, por meio de recursos financeiros e apoio tecnológico, a alcançar um modelo de desenvolvimento sustentável, com desestímulo ao consumismo e redução do uso dos recursos naturais, principalmente os combustíveis fósseis.
Resumo da Rio 92: Acordos concretizados na conferência
Após muita discussão, a conferência teve como resultados a Convenção de Clima, que previa a redução da emissão de gás carbônico e foi assinado por 153 países; a Convenção da Biodiversidade, que visava a proteção das espécies de fauna e flora do planeta e apesar de sua importância não foi assinada pelos Estados Unidos; a Declaração do Rio, documento que simboliza a declaração dos direitos do meio ambiente; e a Agenda 21, principal resultado do evento.
Resumo da Rio 92: Agenda 21
A Agenda 21 foi um documento formulado na Rio 92, com propostas para implantação da sustentabilidade e ações de proteção e preservação do meio ambiente. O documento também frisou a importância de todos os países se comprometerem a refletir sobre como poderia haver cooperação em todas as esferas da sociedade para a criação de soluções para os problemas socioambientais. A Agenda 21 trouxe ideias a serem trabalhadas do global ao local, ou seja, países, estados e cidades.
Resumo da Rio 92: Desenvolvimento da Agenda 21 no Brasil
Cada país ficou responsável pela criação de sua própria Agenda 21, considerada um instrumento poderoso para o desenvolvimento sustentável. No Brasil, o documento foi criado em 1997 e prioriza ações voltadas à inclusão social, com atenção especial ao acesso a saúde, educação e a distribuição de renda, a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade nas áreas urbanas e nas áreas rurais. A esfera política também faz parte do planejamento essencial rumo à sustentabilidade. Outro ponto de destaque na Agenda 21 brasileira é a preocupação com o desperdício de recursos, o que exige o planejamento e a gestão sustentável dos sistemas de produção e de consumo. A implantação das propostas da Agenda 21 no Brasil teve início somente em 2003.
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