Resumo sobre a Meteorologia Moderna
A Meteorologia é uma ciência norteada pela pesquisa e estudo acerca da atmosfera terrestre, com o objetivo de estudar os processos atmosféricos e a previsão dos fenômenos meteorológicos. Ou seja, é uma ciência que pesquisa os fenômenos ocorridos na atmosfera e as interações entre os seus estados (químico, físico e dinâmico) com a superfície subjacente da Terra. Esses estudos e pesquisas já acontecem há mais de 2 mil anos, porém somente a partir do século XVII pode-se dizer que a Meteorologia avançou de forma significativa no campo da ciência.
No século XVIII, a Meteorologia se desenvolveu e abriu as portas para a troca de informações e dados entre os mais diversos países. Dessa forma, com mais eficiência nas observações atmosféricas e troca de dados, foi possível desenvolver as primeiras constatações de previsão no tempo no início do século XX. No entanto, nessa época as previsões eram, ainda, muito suscetíveis aos erros. Eram apenas os primeiros modelos meteorológicos, que não eram tão desenvolvidos como são hoje com a Meteorologia Moderna.
Com o advento do computador e da internet, o processamento e o intercâmbio de dados ficou muito mais ágil, o que permitiu que a leitura dessas informações fosse muito mais eficaz. Então entramos no que chamamos de Meteorologia Moderna, caracterizada pelo auxílio das novas tecnologias em relação à atmosfera terrestre e a previsão do tempo. Assim, foi possível, também, ter um maior entendimento sobre os fenômenos meteorológicos e suas variáveis, além, é claro, de obter uma maior precisão sobre as previsões do tempo.
Meteorologia Moderna e Climatologia
O objetivo das pesquisas em Meteorologia Moderna é investigar os fenômenos observáveis da atmosfera terrestre, sendo que esses fenômenos, que somente são observáveis durante um determinado tempo, por sua vez, são o objeto de estudo da Climatologia. Isso porque os fenômenos identificados pela Meteorologia estão ligados às variáveis presentes na atmosfera (a temperatura, a pressão atmosférica, umidade do ar etc. e as suas características com o avanço do tempo).
A maioria dos eventos identificados pela Meteorologia Moderna são encontrados na troposfera, que se trata da camada mais baixa da atmosfera da Terra, e são capazes de afetar tanto uma microrregião quanto o planeta como um todo. Por isso mesmo, hoje a Meteorologia é dividida em diversos campos, com a meta de tornar mais eficientes as pesquisas que envolvem os eventos meteorológicos sejam eles locais ou globais.
Fazendo parte de um conjunto de ciências que estudam a atmosfera terrestre, a Meteorologia Moderna anda de mãos dadas com a Climatologia, a Física Atmosférica e a Química Atmosférica. Quando se funde com a Hidrologia, por sua vez, pode se tornar a “Hidrometeorologia”; isto é, uma ciência interdisciplinar que gira em torno de estudos sobre os comportamentos das chuvas em regiões específicas. Quando se funde à Oceanografia, pode se tornar a “Meteorologia Marítima”, que pesquisa a relação entre os oceanos e a atmosfera.
Meteorologia Moderna e suas aplicações
Atualmente, pode-se dizer que as aplicações dos estudos da Meteorologia Moderna são as mais diversas possíveis. As pesquisas meteorológicas são bastante utilizadas, por exemplo, no planejamento da agricultura, haja vista que os agricultores precisam saber quais são as características do tempo para o plantio e colheita ideais; assim como no desenvolvimento da Política de Energia dos países, em especial as nações que dependem da sua bacia hidrográfica e previsões do tempo.
Outras aplicações da ciência da Meteorologia Moderna também ocorrem no desenvolvimento de estratégias militares, já que a base precisa das informações sobre o clima e o tempo para definir suas atividades em regiões específicas; assim como a aplicação na construção civil, que também depende das características de tempo e clima para direcionar as características da obra civil, além, é claro, das informações sobre previsão do tempo que impactam a sociedade como um todo.
História da Meteorologia no Brasil
Segundo data a História, os primeiros estudos em Meteorologia no Brasil ocorreram por volta de 1780, com estudos desenvolvidos por portugueses em São Paulo e no Rio de Janeiro. Quando a família Real chegou ao país, criou-se o primeiro observatório de Meteorologia do Brasil, que, em 1881, passou a ser dirigido pelo belga Lu’ss Cruls, que foi o responsável pela primeira grande pesquisa na área, com base em mais de quatro décadas de estudo sobre os fenômenos meteorológicos no Rio de Janeiro.
No entanto, as primeiras previsões sobre o tempo só foram divulgadas pelos idos de 1917, com o desenvolvimento dos primeiros mapas sinóticos de Meteorologia que miravam o Rio de Janeiro e o Distrito Federal. Os avanços mais significativos ocorreram depois de 1921, quando a ciência desvinculou-se da Astronomia. Com isso, foram adquiridos equipamentos modernos para os observatórios e houve a adoção da previsão numérica do tempo.
Na década de 30, o Brasil sofreu com o desinteresse na área da Meteorologia, por parte dos profissionais, assim como foi abalado pelo sucateamento dos observatórios, o que só foi mudar na década de 1950. Em 1958, foi criado o primeiro curso específico de Meteorologia Moderna no Brasil. Em suas, os estudos em Meteorologia no país se dividem entre: Micrometeorologia, Meteorologia de Mesoescala, Meteorologia Sinótica e Meteorologia de Escala Global.