Tudo sobre a Sibéria
A Sibéria é uma região extensa que está situada na Rússia, numa grande região ao extremo norte do continente Asiático. Ela tem mais de 13 milhões de quilômetros quadrados e o seu clima é predominantemente frio, polar e de alta montanha. Seus limites geográficos estão no Cazaquistão, Montes Urais, Oceano Pacífico, Ártico e Mongólia. Ela corresponde a 60% de todo o território Russo, que é o maior país do mundo.
Sua temperatura média anual é de 2,5 graus e sua vegetação limita-se ao extremo norte e florestas de coníferas. Na Sibéria o seu ponto mais alto é o denominado Klyuchevskaya Sopka, que tem mais de 4.600 metros de altitude. Em 2017, segundo dados, sua população foi estimada em cerca de 40,3 milhões de habitantes, que tem como principal atividade econômica a pesca e o extrativismo mineral.
As principais cidades da Sibéria são:
- Norilsk: Localizada acima do Círculo Polar Ártico, Norilsk é uma das cidades mais ao norte do mundo e é conhecida por ser um dos maiores centros de mineração de níquel e paládio do mundo. A cidade é também notória por seu severo clima polar e um dos mais altos níveis de poluição do ar na Rússia.
- Omsk: Uma das maiores cidades da Sibéria, Omsk é um importante centro industrial, científico e cultural. Localizada na confluência dos rios Irtysh e Om, Omsk tem uma rica história militar e foi um ponto chave durante a expansão russa para a Sibéria.
- Anadyr: A capital remota do distrito autônomo de Chukotka, Anadyr é a cidade mais oriental da Rússia, situada perto do Mar de Bering. Devido à sua localização, a cidade experimenta longos períodos de noite polar no inverno e dia polar no verão.
- Verkoiansk: Conhecida como um dos lugares habitados mais frios da Terra, Verkoiansk registrou algumas das temperaturas mais baixas fora da Antártica. A economia local gira em torno da pecuária de renas e mineração de ouro.
- Barnaul: Situada nas margens do rio Ob, Barnaul é um importante centro industrial, cultural e educacional da Sibéria. É conhecida por suas indústrias metalúrgicas e de química, além de ser um ponto de acesso para exploração dos vastos recursos naturais da região.
Resumo histórico da Sibéria
Segundo pesquisadores os povos que colonizaram a Sibéria são datados de muito antes da era cristã. Eram duas civilizações nômades com suma importância para a descoberta e povoamento da região, chamados de Xiongnu e Citas. O Império Mongol e também o Império Turco foram os primeiros a colonizarem a Sibéria, pelo menos até meados dos séculos XVI e XVII, quando se deu a chegada dos russos.
Antes da chegada e dominação dos russos a Sibéria era uma região predominantemente agrícola e que servia de exílio para muitos cidadãos, dentre eles figuras importantes, como os Dezembristas, que foram responsáveis pela sedição militar da alta nobreza regional.
No século XIX ocorre a maior e mais importante construção na Sibéria, a Ferrovia Transiberiana, que ligava a antiga Rússia Europeia a demais localidades do extremo oriente do país, sendo ainda a ferrovia mais longa do mundo. Além disso, nessa mesma época foram descobertos diversos recursos minerais no local e deu-se início à industrialização siberiana.
A Sibéria tem em sua história, ainda, alguns rituais e aspectos que chamam muito a atenção, como por exemplo a dissecação dos corpos em casos de morte, já que o chão da Sibéria, quase sempre congelado, não permitia que fossem feitos buracos para a construção de covas, tumbas ou jazigos.
Diversas curiosidades sobre a Sibéria
Você sabia que a cidade mais fria do mundo fica na Sibéria? Sim, é a cidade de Yakutsk, que no inverno registra temperaturas de menos de 50 graus. Recentemente, no começo de 2018, esse recorde de temperaturas negativas foi quebrado, já que no mês de janeiro do ano citado as temperaturas chegaram a -65 graus.
Lendas locais sobre aparições de criaturas não conhecidas da flora mundial são constantemente relatadas por moradores ou turistas que passam pela Sibéria. Também recentemente, no final de 2017, imagens de uma espécie de “dragões com chifres” foram registradas por uma família local, que as divulgou na internet. Além disso, outras “aberrações animais” também são vistos quase que semanalmente pelas regiões mais altas.
Ainda em 2017 a mídia noticiou que uma família viveu por décadas na Sibéria sem saber que a 2ª Guerra Mundial aconteceu e que o homem pisou na Lua. Sem rádio ou qualquer outro meio de comunicação, a família russa, que era muito crente em lendas sobre monstros e criaturas que vagavam pela noite, se isolou numa cabana à oeste da Sibéria e ali permaneceu por mais de 40 anos, sem contato com outras pessoas e vivendo da pesca e da caça.
A península de Kamchatka possui extensas áreas de florestas e gigantescas montanhas. O curioso é que lá ocorrem diversas manifestações sísmicas e vulcânicas quase que praticamente toda a semana, o que não abala o sossego de um grupo de moradores que vive no local, não se importando com esses fenômenos naturais. E o mais interessante: turistas também costumam passar pelo local para registrar esses momentos de beleza (e fúria) da natureza.
Se engana aquele que pensa que o animal símbolo da Sibéria seja o urso. Ele, aliás, não é o animal que mais predomina na região. Há mais quantidades de tigres, lobos, alces, esquilos e raposas do que de ursos, propriamente ditos. E ninguém sabe dizer o motivo do urso ter virado uma espécie de garoto-propaganda da Sibéria.
Animais já tidos como em extinção, como por exemplo os rinocerontes lanudos e os leões das cavernas, foram encontrados congelados e em perfeito estado de conservação no solo da Sibéria (que é constituído de gelo, rochas e terra).
Ainda falando sobre as curiosidades da Sibéria, a maior mina de diamantes se encontra lá, e é chamada de Mirny. Ela possui mais de um quilometro de diâmetro e cerca de 523 metros de profundidade. Para se ter uma ideia, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, tem 395 metros de altura. Ou seja, a mina de Mirny é bem maior do que ele.
Os maiores campos de concentração soviéticos estavam na Sibéria. E, segundo historiadores, estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham morrido nesses locais. E, mais da metade desses corpos nunca foram encontrados, provavelmente tendo o mesmo destino dos animais tidos como em extinção, mas que foram descobertos, centenas de anos depois, congelados no solo.