Egito Antigo: Introdução, Características e Realizações
O Egito Antigo é uma das civilizações da antiguidade que mais marcaram a história, principalmente por conta de seus feitos, crenças, doutrinas políticas e sociais realmente impressionantes para a época.
A civilização antiga e oriental localizada na região norte do continente africano era concentrada principalmente na região inferior do famoso Rio Nilo, onde hoje está o Egito. O Egito Antigo era composto não só pelo próprio Egito como podemos imaginar, mas também por regiões Sul em que hoje estão localizados outros países, como o Sudão, Etiópia, Eritreia e Somália.
O Egito Antigo é considerado uma das primeiras e maiores civilizações da antiguidade, e a sua existência é marcada até os dias de hoje no que diz respeito a alguns aspectos políticos, literárias, artísticos e principalmente religiosos, por mais que parte da cultura tenha se alterado por conta da globalização e do extenso contato dessa região com povos estrangeiros.
Tudo começou nos anos 3.150 antes de Cristo, que foi quando uma unificação entre as políticas do Baixo e Alto Egito se juntaram graças à atuação do primeiro faraó, de nome Narmer. Essa unificação seguiu durante os próximos três milênios, e o Egito Antigo teve três grandes períodos que foram marcados principalmente pela estabilidade do setor político, o crescimento acelerado das artes e o desenvolvimento gradativo e econômico do país.
Características da civilização
O auge desse período da civilização egípcia aconteceu durante o Império Novo, que nada mais é do que uma das eras cosmopolitas controladas pelo Egito, o que só foi possível por conta das campanhas bem desenvolvidas, de caráter militar do faraó Tutmés III.
O Egito só foi conquistado posteriormente por uma união de grandes potências estrangeiras, com um governo de faraós que só chegou ao fim de maneira oficial no ano de 31 a.C. Foi nessa fase que o Império Romano finalmente tomou conta do país, que com a derrota de Cleópatra VII na Batalha de Ácio se transformou em uma província.
É certo de que quase todo o sucesso dessa antiga civilização pode ser atrelado ao fato de que a região, banhada pelo Vale do Nilo, tinha ótimas condições principalmente por conta das atividades realizadas aos arredores do famoso rio. Além disso, o rio era também o responsável pelo transporte de habitantes e de mercadorias. Com inundações totalmente previsíveis e irrigação sempre bem controlada, o Nilo foi o carro-chefe para a produção de colheitas, possibilitando ainda o desenvolvimento cultural e social desse período.
O governo sempre em boas condições foi capaz de financiar a exploração de minérios do vale e das regiões do deserto próximas ao Egito, um modelo de escrita totalmente independente, projetos no setor agropecuário e de arquitetura, fortes campanhas militares e comércio de exportação com os países vizinhos.
A sociedade egípcia era comandada pelo faraó, a maior autoridade desse período histórico, lado a lado com figuras como os militares, sacerdotes e escribas, que também eram de extrema importância durante o Egito Antigo. A sociedade nessa época se sustentava por meio dos impostos pagos por artesãos, camponeses e demais comerciantes, e os escravos da época não recebiam nada, unicamente comida e água para sobrevivência.
Realizações no Egito Antigo
Grande parte das realizações que marcaram esse período, estão ligadas então ao desenvolvimento de técnicas e utilização de recursos para a extração mineral, as construções como é o caso das pirâmides, obeliscos e demais templos, um sistema único matemático, topografia, medicina eficaz e diferenciada (processo de mumificação), produção agrícola, novos modelos de literatura, avanço da tecnologia e, é claro, o tratado de paz mais velho e conhecido de toda a história.
Com o final do Egito Antigo foi deixado um grande legado, principalmente no que diz respeito à história, arquitetura e arte em geral. As antiguidades egípcias foram copiadas em todos os continentes do mundo, e as suas ruínas sobreviventes da época chamam a atenção de turistas, historiadores, antropólogos, escritores e viajantes em geral apaixonados pela civilização.
Som sombra de dúvida, um dos maiores destaques que devem ser dados ao Egito Antigo pode ser relacionado com a escrita. Além da escrita simplificada, conhecida como “demótica”, a época também disseminou a escrita hieroglífica, que era composta por uma série de símbolos e desenhos com significados próprios, encontradas até hoje em grandes templos e no interior das pirâmides, com mensagens religiosas, pessoais, explicativas e assim por diante. Além disso, essa escrita também era utilizada nos famosos papiros.
Outro destaque vai para o processo de mumificação, que é diretamente relacionado com a crença dos egípcios na vida após a morte. Para continuar vivendo após a terra, o indivíduo deveria ter o seu corpo preservado, assim como os seus órgãos. O que definiria a sua futura vida era o peso do coração: o coração leve significava que o indivíduo tinha levado uma vida de atitudes positivas, e um coração pesado, negativas.
Dessa forma, a mumificação era realizada com todos os cadáveres dos faraós, que posteriormente, eram colocados em pirâmides: os melhores “túmulos” para a conservação do corpo.