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Resumo do Estado Moderno

Surgidos da aproximação entre burguesia e a monarquia, surgiram os estados modernos da Europa, que estavam em busca de recursos monetários. Para isso, a maioria dos reis da Europa estimularam e também protegeram os negócios da burguesia, gerenciando e promovendo com as grandes navegações (França, Espanha e Portugal), a expansão do comércio, desmontando as estruturas do feudo que atrapalhavam o comércio ou ainda, incentivando a manutenção e também a criação de colônias na América (Países Baixos, Inglaterra e França).

Para que os negócios mercantis dessem certo era preciso que os reis fortalecessem seu poderio, o que fizeram estampando para as monarquias um caráter absolutista. Dessa forma, o sistema em que cada vassalo reinava de maneira absoluta sobre o seu feudo se modificou. À medida em que a base de arrecadação de impostos se ampliava, os monarcas conseguiam fortalecer o seu poder. Assim, o verdadeiro poder se constituiu, sustentando uma administração do estado poderosa com uma grande burocracia, que era composta especialmente por membros da nobreza.

Ao convoca-los para exercer os novos papeis na sociedade, os reis possibilitaram aos nobres a manutenção de seus privilégios, contrabalançando a expansão da burguesia. Dessa forma, tantos os participantes da burguesia quanto da nobreza permaneciam dependentes do rei. Articulados e juntos na estrutura do estado moderno, nobres, burgueses e monarcas combinavam poderes que garantiam a sujeição popular, a ordem, os privilégios e a dinâmica comercial, constituindo o chamado Antigo Regime.

O Mercantilismo

A fim de promover o fortalecimento financeiro do Estado, os reis absolutistas acabaram adotando diversas medidas, como a adoção de um conjunto de práticas diferentes que ficaram conhecidas como mercantilismo. Vale ressaltar que o mercantilismo possuía alguns elementos e características comuns.

Para começar, essa política financeira baseava-se no consenso de que toda a riqueza de um estado estava diretamente ligada à quantidade de metais preciosos que existiam dentro de suas fronteiras, independentemente da forma como ele era conseguido, que podia ser através do comércio ou ainda pela exploração direta de minas. Desse modo, surgiu então o princípio de balança comercial favorável, que associava de maneira direta a capacidade de exportação mais do que a de importação de uma nação à sua riqueza.

Assim, a fim de favorecer o aumento das exportações, a maioria dos reis acabaram por adotar uma série de medidas que julgavam favoráveis, como por exemplo diminuir o número de importações e estimular a produção de manufatura. Para isso, os reis acabavam impondo aos produtos estrangeiros barreiras tarifárias, principalmente para aquelas peças e produtos que também poderiam ser fabricadas dentro de seu estado e de suas fronteiras. Este fato recebeu o nome de protecionismo. Essas características caracterizam o mercantilismo como uma política econômica intervencionista.

Quando os estados europeus começaram a adotar a prática do mercantilismo um grande empecilho na economia começou a acontecer. O grande impasse era como poderiam realizar esse tipo de comércio quando ninguém que comprar ou ainda quando todo mundo quer vender e pior, como tornar mais interessante para o reino e uma balança comercial mais favorável a esses interesses?

Começaram a acreditar que este problema só poderia ser resolvido realmente com o uso de armas, crendo que o aumento da riqueza de uma nação só seria possível se houvessem confrontos com os estados vizinhos.

A saída encontrada foi colocar em meio à expansão marítima, as colônias nas terras que haviam sido descobertas na América. Dessa maneira, as nações europeias procuraram se tornar metrópoles de colônias, derrotando os estados que eram rivais na política do expansionismo. Essas colônias deveriam se converter em áreas com as quais as metrópoles iriam acabar estabelecendo um comércio totalmente desigual, desequilibrando-as e garantindo assim uma balança comercial favorável. Em contrapartida, os metais preciosos seriam extraídos das colônias já que eles estavam se esgotando na Europa, conseguindo que o poder do estado se fortalecesse e os objetivos mercantis.

Os tesouros americanos fascinaram os europeus do século XVI, transformando as áreas coloniais em complemento das economias metropolitanas. Quando se aumentou a possibilidade no acúmulo de riquezas, o processo de colonização foi visto como o principal meio dos estados europeus em conseguirem alcançar seus objetivos. Portugal e Espanha começaram a estabelecer meios na tentativa de enriquecerem. A Espanha iniciou o na primeira metade do século XVI, a exploração de minas americanas, conquistando uma enorme riqueza em prata e em ouro. Já Portugal estabeleceu até as Índias Orientais, rotas alternativas, explorando assim o mercado de especiarias.

Já as outras nações da Europa não reconheceram a divisão do mundo entre as nações ibéricas e por isso, começaram a atacar as colônias com o objetivo de roubar toda a riqueza acumulada por eles. Os países que tinham poucas colônias e estavam atrasados no processo de expansão marítima, como a Inglaterra e a França, acabaram sendo obrigados a colocar em ênfase outros elementos do mercantilismo, como por exemplo, o industrialismo.

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