Resumo do Islamismo: O império bizantino
O Império Bizantino começou a ser durante a Baixa Idade Média, alvo da retomada expansionista no Ocidente, seguindo o exemplo do que aconteceu nas Cruzadas, em especial a quarta. Nesse momento, a cidade estava vivendo um avanço ocidental, o que ampliou o predomínio econômico das cidades italianas e ampliou a decadência do Império Bizantino. No século XIV, os turcos-otomanos conquistaram a Ásia menor e os Bálcãs e o império se reduziu apenas à cidade de Constantinopla, que mais tarde, passou a ser conhecida como Istambul, nome pelo qual a cidade é chamada até os dias atuais.
Na parte oriental do Império Bizantino, predominou a prática do cristianismo, embora ele tenha se desenvolvido, quando comparado ao Ocidente, de forma peculiar. Em Istambul, muito do que foi herdado à respeito da forma governamental de Roma, foi herdada, e gradualmente, o imperador passou a ser caracterizado como o chefe principal da igreja. Em meio à esse contexto, o Ocidente encontrava-se em crise do Baixo Império, e em 455, com o apoio total do imperador, o bispo de Roma foi elevado à chefia de toda a igreja, tornando-se o primeiro papa da cristandade, reconhecido como Leão I.
E apesar das tradições da administração e também jurídicas herdadas de Roma, os bizantinos sofreram clara e grande influência helênica. Além disso, adotaram como idioma oficial do século III, o grego, mantiveram constante contato com os povos da Ásia e ainda vivenciaram a invasão persa e o posterior assédio árabe.
A combinação desses elementos, acabaram por doar algumas características, como o desprezo por imagens que eram caracterizados como ícones, como santos, a Virgem Maria e Cristo, o que levou à Iconoclastia, um movimento de destruição por parte dos bizantinos. Questionando os dogmas e as crenças dos cristãos, que eram pregados pelo clero que seguia o papa de Roma, deram origem a algumas heresias, correntes doutrinárias discordantes da interpretação cristã tradicional.
Toda essa tensão, que ainda era alimentada através das diferenças existentes entre o Ocidente e o Oriente, e pelas recorrentes disputas do imperador e do papa pelo poder, culminou em 1054, na total divisão da igreja, criando uma cristandade oriental, e uma ocidental. A oriental era chefiada pelo imperador e a ocidental estava sendo liderada pelo papa. Esse episódio ficou conhecido como Cisma do Oriente, consolidando as diferenças entre as tradições e a forma de organização do culto de cada uma das igrejas.
Os árabes e o islamismo
A península Arábica se apresentava como uma região desértica, ou seja, possuía poucas áreas que estavam aptas para que núcleos de povoamento permanente se estabelecessem. Sendo assim, os primeiros povos que vieram habitar essa regição foras as tribos nômades do deserto, conhecidos como beduínos.
Por volta do século XI, mais de 300 tribos de origem semita já habitavam a região, incluindo até mesmo as tribos urbanas que ocupavam o sul da península e a faixa costeira do mar Vermelho, que tinham melhores condições climáticas e ainda detinha um solo com maior capacidade de fertilidade. Elas concentravam-se em especial em Iatreb e em Meca, principal cidade da região.
Meca era importante por causa do seu valor religioso e comercial, já que na cidade encontrava-se a Caaba, um santuário onde eram depositados as imagens de diversos ídolos, representando deuses das tribos árabes. Já a tribo dos coraixitas possuía muito prestígio e grande poder, controlando a cidade de Meca.
Maomé, membro da tribo coraixita e nascido no ano de 570, passou após anos de meditação, a pregar uma nova fé. Ele reuniu elementos cristãos e judaicos que foram escritos no livro sagrado, o Corão, depois de sua morte. Nele, Alá era um deus único, caracterizando o islamismo.
Maomé também condenava a peregrinação das tribos até Meca para idolatrar os vários deuses, fato conhecido como politeísmo, representados na Caaba. Os coraixitas sentiram-se extremamente ameaçados, e passaram a repudiar essa nova religião, expulsando para a cidade vizinha, Iatreb, o profeta Maomé e todos os seus seguidores. Nesse processo, em 644, caracterizou-se a Hégira, que deu início ao calendário muçulmano.
Maomé foi bem recebido na cidade e ainda conseguiu a ajuda dos beduínos e dos comerciantes como soldados para conquistar Meca. Assim, em pouco tempo, todos os povos árabes da península se converteram para o islamismo, processo que os unificou.
Apesar da morte de Maomé, a expansão religiosa continuou, com a guerra santa, também conhecida como dijihad, que pregava a conversão de todos que não seguiam o islamismo, e o poder passou para as mãos dos herdeiros de Maomé, os califas.
Durante a dinastia omídia, os árabes avançaram em direção ao Ocidente, alcançando a península ibérica. Esse avanço só foi barrado quando os francos e os árabes se confrontaram, na batalha de Poitiers.
A unidade do império se quebrou sob a dinastia abássida, que substituiu a dinastia omíada, o que possibilitou o advento de califados independentes. Com a aparição os xiitas e dos sunitas, perdeu-se a unidade política. Os primeiros defendiam que o poder religioso e político deveria se concentrar nas mãos de um único indivíduo, que fosse descendente de Maomé. Já os sunitas estabeleciam sua crença no livro com os ditos e feitos de Maomé, acreditando na livre escolha dos chefes políticos pela comunidade de crentes.
As ações dos árabes tiveram consequências, como o aumento da decadência comercial e a rural.