Também conhecido como a Geração de 1930, a segunda fase do Modernismo foi marcada como um período de guerras e crises por conta de acontecimentos que chamaram a atenção de todo o mundo. Primeiro, ocorre a quebra da Bolsa de Valores na cidade de Nova York nos Estados Unidos, depois surge a Grande Depressão que faz fábricas paralisarem, o desemprego aumentar, a fome e a miséria se generalizam, entre outros fatos. Sem esquecer da II Guerra Mundial.
Já o Brasil também passa por um momento crítico, a crise econômica acaba chegando ao país e junto com isso milhares de discussões políticas acontecem com o objetivo de adotar novas ações, utilizando um militarismo crescente, um nacionalismo conservador e assim em diante. Neste período surge uma reforma política que dá início ao Estado Novo no Brasil, que traz ao poder Getúlio Vargas adotando a ditadura.
Mas, mesmo diante das crises a segunda fase do Modernismo brasileiro, que se estende de 1930 a 1945, recebeu como herança as conquistas da geração de 1922 (primeira fase do Modernismo), como o rompimento do academismo que livrou a arte brasileira das criações feitas no padrão europeu, sem reproduções criativas e assim em diante.
Essa ditadura foi implantada com o apoio dos nacionalistas de direita, que concordaram com as mudanças implantadas por Getúlio, iniciando um período antidemocrático, um nacionalismo conservador, no idolatrismo do chefe que estava no poder (Getúlio Vargas) e anticomunista.
No entanto, com Getúlio no poder, a crise que o país passava e a implantação da ditadura deixou diversos artistas frustrados com a situação. Inquietos com tudo que acontecia passaram a se expressar de forma literária, refletindo sobre o que estava acontecendo, cada um de sua maneira. Nesta fase a poesia e a prosa ganharam uma nova realidade de acordo com a segunda fase do modernismo.
Poesia do Modernismo
As mudanças na poesia da segunda fase do Modernismo são notáveis. Com a herança da Semana de Arte Moderna de 1922, a poesia do modernismo enfrentou momentos de amadurecimento, que ajudaram a abrir seus horizontes e acabar de vez com as polêmicas criadas com as primeiras manifestações.
A poesia do modernismo apresenta em sua nova fase uma forma diferente de se expressar. Os autores passam a questionar de forma mais rigorosa a realidade, tentando entender a transformação do país e do mundo, além de expor sua preocupação social, junto com tudo que absorverem de 1922 como, por exemplo, o verso livre, o antiacademicismo e o uso de expressões atualizadas.
Dentro da poesia do modernismo da segunda fase, pode-se destacar dois estilos que automaticamente classificavam a nova fase da poesia, como a poesia de versos livres e a poesia intimista.
– Poesia de Versos Livres: Os autores da poesia do modernismo de 1930 continuaram apostando nos versos livres, utilizando a liberdade adotar uma linguagem diferente e para pontuar da maneira que desejar.
– Poesia Intimista: Ela se destaca pela liberdade dos autores em escrever poesias relacionadas a espiritualidade, reflexões amorosas e assim em diante.
Pode-se destacar, na poesia da segunda fase do modernismo, artistas como Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Morais, Murilo Mendes, entre outros.
Prosa do Modernismo
Consideram o período da segunda fase do Modernismo como um momento rico de produção de prosa e também de poesia. Na prosa do modernismo caracteriza-se romances associados como uma denúncia social, apresentando um novo realismo. Através de uma linguagem seca e crítica os escritores escreviam como uma forma de resposta a todas às tensões sociais, que muito dizia sobre a situação crítica dos proletários rurais que viviam em situações miseráveis.
A preocupação da prosa era em relação aos mais diferentes assuntos, desde política, economia, sociedade, questões física e até espirituais. As críticas dos escritores denunciavam todas as injustiças sociais que colocava o povo em situações precárias. A prosa do modernismo, também conhecida como Romance de 30, declara sua nova fase totalmente contra o capitalismo e o fascismo.
A prosa do modernismo realiza uma reflexão entre todos os problemas enfrentados, com uma linguagem única, adotando um caráter maduro, construtivo e que reflete sobre tudo. Sua atitude mostra uma nova forma e fase de expor a realidade que rege no Brasil e também nas diferentes regiões, que possuem problemas aleatórios. A prosa modernista pode ser dividida em três:
– Prosa regionalista: Mostrou a realidade precária do nordeste, com pessoas trabalhando de forma injusta, além dos problemas causados pela crise e também o descaso de políticos.
– Prosa intimista: Foi uma inovação que aconteceu no período, baseada nas teorias freudianas que escrevia sobre os conflitos íntimos de cada personagem, entre outros.
– Prosa urbana: Os escritores adotavam a prosa urbana com maior frequência devido a sua divulgação de atos e conflitos que aconteciam pelas ruas das cidades. Descreviam a relação do homem com o meio e claro, com a sociedade.
This post was last modified on 25 de agosto de 2015 13:46
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