Mistura: Materiais Homogêneos e Heterogêneos e Aquecimento dos Materiais
-> O que são misturas?
Continuando nossos estudos sobre Substâncias e Misturas – mistura, materiais homogêneos e Heterogêneos e aquecimento dos materiais -, vamos entender o que são misturas, como elas ocorrem, e seus tipos. Além disso, vamos aproveitar esse título para ir seguindo uma ordem: Substâncias e Misturas – mistura, materiais homogêneos e Heterogêneos e aquecimento dos materiais.
Você se lembra que dissemos que tudo o que existe é composto por moléculas (conjunto de átomos), que nós chamamos de substâncias? Já vimos como os átomos se combinam, formando diferentes tipos de substâncias e suas características. Agora, faremos o mesmo com as misturas, que são combinações de substâncias.
Quando duas ou mais substâncias puras se juntam, geram uma mistura. E, aqui, vamos ao primeiro ponto importantíssimo no estudo das misturas. Imagine que temos dois copos: um com água destilada (uma substância pura formada apenas por H2O); outro com água com sal, mexida de tal forma que não podemos mais ver o sal. Ambas as combinações parecem coisas iguais, já que, quando observadas, não parecem ter nada de diferente entre si, certo? Então é bom anotar, ler, reler e saber isso na ponta da língua: a mistura pode ser separada novamente, por meios físicos ou mecânicos. As substâncias que formam uma mistura não perdem suas propriedades e podem ser separadas em algum momento.
No caso da água com sal: se esquentarmos a água e ela evaporar, logo vamos notar que, no fundo do copo, ficará apenas um pó branco. O sal, como era apenas uma mistura, se separa facilmente.
-> Tipos de misturas
Agora que você já memorizou o primeiro ponto importante das misturas (memorizou, né?! Se não, dá mais uma lida que a gente te espera), vamos ao segundo ponto importante. Avançando nos nossos estudos sobre Substâncias e Misturas – mistura, materiais homogêneos e Heterogêneos e aquecimento dos materiais -, chegou a hora de entendermos os tipos de misturas.
– Mistura heterogênea: aí, havíamos misturado água e sal. Mexemos bem até que parecesse uma coisa só, lembra? Isso é o que define a mistura heterogênea. É aquela que conta com apenas uma fase (aquelas regiões diferentes na mistura, onde podemos ver claramente que ali há mais de uma substância). Podemos ter misturas homogêneas entre dois sólidos (já misturou farinha e amido de milho? Fica parecendo que é uma coisa só), um líquido e um sólido (a água com sal), dois líquidos (água e álcool), líquido e gás (essa mistura é complicada, já que as bolhinhas do gás são irritantemente visíveis, mas não é impossível. Na verdade, a água que sai da sua torneira costuma vir com alguns gases dissolvidos que não são possíveis de se observar) e dois gases (quase todos, na verdade. Quantos gases não existem no ar?). Regra: quando uma mistura parecer uma coisa só, é homogênea. Do sangue ao leite, os seres vivos são formados por muitas misturas desse tipo.
– Mistura Heterogênea: se você conseguir ver mais de uma fase, pode responder sem medo que se trata de uma mistura heterogênea. Por exemplo, se misturarmos água com óleo em um copo, teremos uma mistura bifásica, já que conseguimos observar, sem nenhuma dificuldade, que dentro daquele copo existem duas “camadas” diferentes entre si. Assim, como a homogênea, a mistura heterogênea pode ocorrer entre: dois sólidos (sabe o granito da pia da sua cozinha? Note que você consegue ver três cores diferentes. Então, sim, ele é uma mistura heterogênea), um líquido e um sólido (diferente da água e do sal, que não veem problema em se misturar, existem certos sólidos que possuem uma camada impermeável e resistente. A naftalina, por exemplo, nem se incomoda com a água), dois líquidos (o nosso exemplo da água e do óleo), um líquido e um gás (aquelas bolhas do refrigerante) e um gás e um sólido (grãos de poeira no ar).
Digamos que você encontre um pote em sua cozinha. Dentro do pote, há um pó fino e branco. Fica fácil deduzir que se trata de sal ou açúcar. Na química, isso também acontece: para se determinar certa substância, os químicos avaliam suas características e propriedades. Podemos, por exemplo, avaliar sua densidade. Mas se, ainda assim, não formos capazes de determinar qual a substância, podemos apelar para a curva de aquecimento. Além de nos ajudar a descobrir qual aquela substância, a curva de aquecimento nos dá acesso a outro dado importante: descobrimos se aquilo é, de fato, uma substância ou se é uma mistura. Por isso é importantíssimo que nesse capítulo, Substâncias e Misturas – mistura, materiais homogêneos e Heterogêneos e aquecimento dos materiais-, também entendamos o porquê do aquecimento ser importante no estudo das misturas.
Para isso, observamos dois momentos da curva: o ponto de fusão (passagem do estado sólido para o líquido) e o ponto de ebulição (passagem do estado líquido para o gasoso). Se o PF e o PE (pontos de fusão e ebulição) apresentarem temperatura constante, isso significa que é uma substância pura. Porém, se temos alguma variação, estamos analisando uma mistura.
Através da curva, também determinar o tipo de mistura, se eutética (quando o PF é constante) ou azeotrópica (PE constante). Quando houver variação no PE e no PF, a mistura é simples.